Fim dos tempos: A psicologia das profecias que sempre falham (pelo menos até agora!)

By agosto 27, 2018Uncategorized

Jonathan Jones
Doutorando em Ciências do Comportamento na Universidade de Brasília e pesquisador do Influência (www.influencia.unb.br)

Fabio Iglesias
Doutor em Psicologia, Professor do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, na Universidade de Brasília, onde coordena o Influência

Se o mundo fosse acabar / Me diz o que você faria
Brandão & Moska (1995)

Primeiro teste de uma bomba atômica, em 16 de julho de 1945.

Histórias e profecias sobre o fim dos tempos habitam o imaginário popular desde o início da humanidade – e o interesse pela temática não parece diminuir, apesar de todas as óbvias evidências contrárias. Na cultura popular, por exemplo, a Terra já foi quase vítima dos mais impressionantes desastres apocalípticos, de ataques alienígenas a asteroides, passando por hecatombes nucleares, mudanças climáticas, pandemias e até zumbis. A lista é ainda maior: o único limite para as possibilidades de catástrofes é realmente o que pode ser imaginado.

Mas muita gente também leva esse assunto a sério fora da ficção. A Bíblia e vários outros textos religiosos dedicam um espaço substancial de suas páginas para revelações sobre o fim – com um grande impacto sobre as vidas dos fiéis. A religião, entretanto, não detém o monopólio dessas profecias. Narrativas como essas possuem as mais inusitadas fontes: dos textos de Nostradamus (1503-1566) ao Calendário Maia, famosamente predizendo o fim do mundo em 2012. Até o físico inglês Isaac Newton calculou uma data para a destruição do planeta!

Do ponto de vista da Psicologia, e mais especificamente da Psicologia Social, o fascínio por profecias apocalípticas pode ser explicado, em parte, por uma abordagem utilizada por pesquisadores para compreender e estudar o comportamento humano: a Teoria do Gerenciamento do Terror. Essa teoria nasceu a partir das ideias do antropólogo cultural e escritor premiado Ernest Becker que, influenciado por pensadores existencialistas, escreveu uma série de livros em que propunha que a consciência da própria finitude seria um motivador fundamental do comportamento humano. De acordo com essa perspectiva, portanto, evitar a lembrança da mortalidade seria o objetivo central da vida. O que Becker procurava fazer era justamente integrar diversas pesquisas da psicologia, aparentemente fragmentadas, em uma única linha de pensamento.

A partir dessa inspiração, um trio de doutores recém-formados (Thomas Pyszczynski, Jeff Greenberg e Sheldon Solomon) resolveu testar, em experimentos de laboratório, o quanto a teoria poderia ser utilizada para entender, de fato, a psicologia humana. Os três combinaram as idéias de Becker com fenômenos investigados em laboratórios experimentais da psicologia social, cognitiva, clínica e de desenvolvimento, além da emergente psicologia evolucionista, de acordo com a qual a mente humana foi moldada por leis da seleção natural, como na teoria de Charles Darwin.

Para a Teoria do Gerenciamento do Terror, a autoestima, a atividade sexual, o preconceito e a maioria dos fenômenos estudados pela psicologia são apenas mecanismos de defesa, que existiriam para nos distrair do medo da morte (Solomon, Greenberg, & Pyszczynski, 2015; Darrell & Pyszczynski, 2016). São muitas as possibilidades contempladas por essa perspectiva. A cultura, por exemplo, ofereceria uma visão ordenada e reconfortante do mundo. O contato com outros povos, entretanto, ameaçaria a fé das pessoas nessa organização e causaria ansiedade existencial. Centenas de experimentos, realizados em dezenas de países, fornecem evidências empíricas de que vários aspectos da teoria estariam corretos.

A Teoria do Gerenciamento do Terror ainda pode ser utilizada, por exemplo, para explicar fenômenos de grande interesse da sociedade, como estratégias políticas fundamentadas no uso do medo (Pyszczynski, 2004) – da qual líderes como George W. Bush e Adolf Hitler foram acusados de tirar proveito (Gardner, 2008; Pratkanis & Aronson, 2002), assim como várias empresas atualmente (Lindstrom, 2011). Por outro lado, de maneira mais positiva muitas campanhas de mudança de comportamento se valem das aplicações da teoria, em áreas como prevenção de acidente no trânsito, promoção da saúde e da segurança no trabalho.

A relação da psicologia com o Apocalipse não termina aí. Além de parte fundamental do que prevê a Teoria do Gerenciamento do Terror, o fim dos tempos já foi personagem central em um dos episódios mais interessantes da psicologia social: o estudo do culto apocalíptico The Seekers, que merece ser detalhado. Em setembro de 1954, um jornal de Chicago, no estado de Illinois, EUA, publicou uma matéria de duas colunas sobre uma dona de casa chamada Dorothy Martin, que havia profetizado que, em 21 de dezembro daquele mesmo ano, os Grandes Lagos – um conjunto de cinco lagos gigantescos e interligados, situados no centro da América do Norte – transbordariam, provocando uma grande inundação que se estenderia do Círculo Ártico ao Golfo do México. Ao mesmo tempo, um cataclisma colossal afundaria toda a Costa Oeste Americana, da Cidade de Seattle nos EUA até o Chile. De acordo com a reportagem, Dorothy alegava ter recebido as mensagens de seres superiores provenientes do planeta Clarion, via escrita automática – algo como a psicografia. Esses seres, intitulados “Guardiões”, visitariam a Terra com frequência em seus discos voadores, e em uma dessas viagens teriam percebido linhas na crosta terrestre que indicariam a catástrofe.

Dorothy possuía também um culto de seguidores fiéis, os tais Seekers – um grupo de aproximadamente trinta pessoas, para os quais transmitia “ensinamentos cósmicos” desses seres extraterrenos. Muitos receberam com grande choque e preocupação a notícia de que o mundo acabaria. Mas Dorothy os tranquilizou: aqueles que pertencessem ao culto e vivessem de acordo com as lições recebidas seriam salvos pelos Guardiões, que os transportariam em suas naves espaciais até um local seguro. As ideias de Dorothy sequer eram originais: muito do que ela falava podia ser encontrado em revistas populares, livros sensacionalistas e até mesmo em colunas de jornais diários.

Por mero acaso, três psicólogos sociais da Universidade de Minnesota souberam da notícia sobre o culto e enxergaram aí uma oportunidade formidável de pesquisa, motivados principalmente pela seguinte questão: qual seria a reação dos membros do grupo ao perceberem que o mundo não acabou? O trio não só se infiltrou no culto, disfarçado de seguidores, como também pagaram observadores extras para fazer o mesmo e registrar, com detalhes, tudo o que viam. Tudo foi feito para garantir a seriedade dos dados coletados.

De imediato, os pesquisadores perceberam um grande comprometimento por parte do seguidores do culto, que, àquela altura, começavam a se preparar para a partida. Eles desafiavam suas famílias, amigos e vizinhos e insistiam em suas crenças; alguns largaram seus empregos e outros doaram todos os seus bens. Outra característica que chamou a atenção foi a falta de vontade dos membros em espalhar a palavra ou procurar por novos fiéis, apesar de não terem dúvidas a respeito da profecia. Muito pelo contrário: os anúncios nos jornais haviam sido uma exceção. De maneira geral, os cultistas evitavam publicidade exagerada acerca de suas crenças, protegendo as lições recebidas e instituindo códigos e palavras secretas.

Conforme a hora do resgate alienígena se aproximava – as mensagens indicavam a meia-noite do dia 20 – os seguidores despiram-se de todo o metal em seus corpos, exatamente como recomendavam as instruções cósmicas. Após certificarem-se de que haviam cumprido à risca o exigido, os cultistas começaram a aguardar, inertes e no mais absoluto silêncio.

Quando o relógio finalmente marcou meia-noite, a tensão atingiu um ápice. Os cultistas esperavam, cheios de excitação e ansiedade. Mas nada aconteceu…

Os visitantes interplanetários não apareceram. Os membros da seita pareciam atônitos, sem conseguir compreender. O tempo continuou a passar. Às 04h00, a maioria continuava em silêncio, incrédula. Alguns balbuciavam tentativas acanhadas de explicações. Dorothy começou a chorar amargamente. Os outros membros demonstraram sinais de impaciência. Visivelmente abalados e à beira das lágrimas, o grupo parecia próximo da dissolução. Os pesquisadores acompanhavam atentos o clímax da história.

Subitamente, algo inusitado aconteceu: Dorothy começou a “receber” uma mensagem. Eram os Guardiões e tinham respostas: de acordo com eles, aquele pequeno grupo havia espalhado tanta luz que Deus havia decidido poupar a Terra!

A explicação não foi bem recebida por todos os membros. Um deles deixou a casa imediatamente, insatisfeito. Ainda havia dúvida no ar. Nesse momento, Dorothy resolveu fazer algo que jamais havia feito até então: alcançou o telefone e começou a discar o número de um jornalista, com enorme senso de urgência e ímpeto renovado para comunicar ao mundo o que se passou. A mensagem agora era mais importante do que nunca.

O mesmo aconteceu aos outros membros. O culto, muito discreto até aquele momento, viu na desconfirmação da profecia uma motivação para espalhar os ensinamentos dos Guardiões e converter fiéis, abrindo as portas ao público, com mais determinação do que jamais tiveram! Para espanto geral, o fracasso da profecia havia fortalecido as crenças dos seguidores de Dorothy – mas era uma possibilidade prevista pelos pesquisadores infiltrados. Tudo isso porque acompanhar o culto dos Seekers tinha sido uma boa oportunidade, em campo, para uma teoria que ganhava cada vez mais força na psicologia social:  a teoria da dissonância cognitiva.

Para começarmos a entender direito essa história, precisamos voltar até uma das figuras mais importantes da psicologia social: Kurt Lewin. Lewin era um pesquisador brilhante que havia deixado a Europa no mesmo ano em que Hitler chegara ao poder. Sua ida para os EUA impulsionou enormemente o desenvolvimento dessa ciência – ainda muito tímida na época. Lewin orientou grandes nomes do meio, como Roger Barker e Morton Deutsch, mas também um jovem nova-iorquino filho de imigrantes russos, chamado Leon Festinger.

Leon Festinger

Após se formar em psicologia no City College de Nova Iorque, Festinger deu continuidade à carreira acadêmica, realizando um mestrado e um doutorado na Iowa State University. De lá, seguiu para estudar com Lewin em seu recém-estruturado grupo de pesquisas no Massachussetts Institute of Technology, onde se encantou pela psicologia social e iniciou uma promissora carreira na área. Festinger interessava-se, especialmente, por temas relacionados à comunicação social e à pressão em grupos, e para estudar esses fenômenos começou a distanciar-se das perspectivas teóricas dominantes à época, como o behaviorismo e a teoria psicanalítica. Ao longo de sua vida, Festinger também enfatizou a importância de experimentos de laboratório – mas sem deixar de lado os estudos em campo. Após a morte de Lewin, ele passou a atuar como professor em diversas universidades de alto prestígio, como a famosa Stanford, na Califórnia.

Ao lado de Henry Riecken e Stanley Schachter, Festinger era justamente um dos pesquisadores infiltrados no culto de Dorothy Martin. Suas observações do grupo e de suas reações foram registradas no livro When Prophecy Fails (Quando a profecia falha), publicado dois anos depois. No livro, para proteger a identidade de Dorothy Martin, os pesquisadores deram à ela o pseudônimo “Marian Keech” e Chicago tornou-se Michigan. Muitos dos conceitos explorados por Dorothy em seu culto haviam sido copiados da Cientologia, uma miscelânea religiosa bastante popular atualmente, que inclui estrelas do cinema como Tom Cruise e John Travolta. A Cientologia havia nascido naquele mesmo ano e Dorothy Martin conhecera L. Ron Hubbard, seu fundador. A verdade é que cultos cataclísmicos como o de Dorothy não são tão raros quanto gostamos de imaginar – ou mesmo tão inofensivos. Um caso icônico é o Templo dos Povos, do Reverendo Jim Jones, que resultou no suicídio coletivo de mais de 900 pessoas, no fim dos anos 1970 (uma análise psicossocial instigante dos processo por trás desse episódio pode ser encontrada em Cialdini, 2012). O surgimento de cultos é um fenômeno comum a muitas culturas, e seus membros causam um impacto poderoso nos mais diferentes lugares do mundo. Em 1995, um grupo liderado por Shoko Asahara liberou gás venenoso no metrô de Tóquio, no Japão. O próprio Estado Islâmico, por exemplo, já foi descrito como um “culto apocalíptico” pelo ex-presidente Barack Obama durante um discurso na ONU.

Os eventos inacreditáveis do dia 21 de dezembro deixariam qualquer um perplexo,  mas não Festinger. Para ele, os acontecimentos bizarros presenciados no culto de Dorothy Martin poderiam ser explicados por uma teoria que ele havia proposto poucos anos antes: a Teoria da Dissonância Cognitiva. De acordo com sua teoria, quando um indivíduo mantém duas ou mais cognições (ideias, crenças ou opiniões), inconsistentes umas com as outras, isso criaria um estado de desconforto físico – a chamada “dissonância”. As pessoas tentariam reduzir esse estado desagradável, geralmente protegendo a crença mais resistente à mudança. Para reduzir a dissonância, pode-se adicionar crenças consonantes, suprimir crenças dissonantes, aumentar a importância das crenças consonantes ou simplesmente reduzir a importância das crenças dissonantes (Harmon-Jones & Harmon-Jones, 2007). Um exemplo clássico de como essas possibilidades podem ser enxergadas na prática é a pessoa que acredita que os cigarros causam câncer, mas continua a fumar mesmo assim.

As cognições “fumar não é saudável” e “eu fumo dois maços por dia” obviamente são conflitantes, o que gera dissonância. Afinal, se o indivíduo sabe que fumar pode matá-lo, seria lógico não continuar com esse comportamento. Ao experimentar o desconforto gerado por essa inconsistência, a pessoa poderia, por exemplo, acrescentar cognições novas (“sim, eu fumo e sei que isso pode me matar, mas também pratico esportes e tenho uma boa alimentação, o que deve fazer alguma diferença”); ele ou ela poderia mudar um desses pensamentos (“fumar não é tão ruim ou tão prejudicial quanto dizem”), o que restauraria o equilíbrio cognitivo; o fumante também poderia mudar seu comportamento, parando de fumar; por fim, as pessoas poderiam simplesmente trivializar a inconsistência (“eu fumo e sei que cigarros são ruins, mas não me importo”). Essas seriam tentativas de racionalizar o comportamento, uma forma de aliviar a incoerência mental que, por sua vez, traria consequências físicas (Croyle & Cooper, 1983)

A dissonância cognitiva oferece explicações convincentes para os fenômenos observados no culto de Dorothy e em muitas crenças no fim do mundo. A teoria prevê que, ao serem confrontados com a desconfirmação de suas crenças, uma das reações possíveis é justamente a renovação da fé e um aumento súbito na vontade de propagar as ideias do culto. A validação social substituiria a evidência física, o que aliviaria o conflito mental (Cialdini, 2012). Analisando o fenômeno, Festinger e seus colegas especificaram, com muita clareza, cinco condições que determinariam o aumento no empenho dos cultistas em converter novos fiéis após a inequívoca desconfirmação de uma crença: a existência de convicção; o compromisso para com essa convicção; a possibilidade de uma desconfirmação inequívoca (como aconteceu quando os discos voadores não chegaram e o fim do mundo não ocorreu); uma desconfirmação inequívoca; e a presença de apoio social após a desconfirmação (Festinger, Riecken, & Schachter, 1956).

Proposta em 1957, a teoria da dissonância cognitiva completa hoje 60 anos. Pesquisas sobre essa teoria dominaram o campo da psicologia social por muito tempo, revolucionando a maneira como vários processos eram encarados e ainda hoje influenciando muitas áreas. A dissonância cognitiva conseguiu explicar com sucesso os resultados de experimentos de laboratório sobre escolhas, persuasão e justificativas (Harmon-Jones & Harmon-Jones, 2007). No primeiro caso, quando utilizada para entender os processos por trás de decisões difíceis, revelou que as pessoas tendem a enxergar a alternativa rejeitada como mais negativa do que normalmente fariam após se comprometerem com uma das opções (Brehm, 1956); em outro contexto, os participantes de um estudo receberam incentivos fortes e fracos – na forma de dinheiro – para convencer outros a realizar uma tarefa tediosa que eles mesmos haviam desenvolvido momentos antes. Aqueles que obtiveram uma quantia pequena passaram, de fato, a acreditar que o procedimento não era, afinal de contas, tão chato assim, uma pesquisa engenhosa que evidenciou os processos que propiciam a influência – ou “aquiescência induzida” (Festinger & Carlsmith, 1959); e também permitem a compreensão da justificativa de esforço (Aronson & Mills, 1959), demonstrando que indivíduos envolvidos em um processo seletivo exigente passaram a valorizar muito mais a aprovação do que outros que enfrentaram um teste mais fácil, entre muitos outros.

Ao longo dos anos, outros pesquisadores buscaram atualizar e trazer melhorias para a teoria da dissonância cognitiva. Aronson (1968, 1999) propôs que a dissonância ocorreria quando a pessoa agisse de forma que violasse seu autoconceito, seu senso de si mesma; para Steele (1988), as pessoas seriam motivadas a manter uma autoimagem de integridade moral; Cooper e Fazio (1984), por outro lado, defendem que o desconforto não seria gerado pelo conflito entre cognições, mas por sentir-se pessoalmente responsável por uma consequência aversiva. Já Harmon-Jones (1999) acredita que a dissonância incomodaria porque as cognições conflitantes interfeririam na capacidade do indivíduo de executar ações efetivas – e essa incompatibilidade dificultaria a tradução de decisões em comportamentos.

A teoria da dissonância cognitiva é amplamente reconhecida como um marco para o estudo da mente humana, fruto da perspicácia e engenhosidade de Leon Festinger, um homem de muitos talentos e interesses, autor de estudos provocantes que ajudaram a popularizar a psicologia social e a apresentá-la como um campo estimulante para novos pesquisadores, cheio de perguntas esperando respostas espetaculares. Esse cientista extraordinário faleceu em fevereiro de 1989, vítima de um câncer que ele escolheu não tratar (haja redução da dissonância!), deixando contribuições inestimáveis para a psicologia social, muitas delas repercutindo até hoje. Seu legado continua a inspirar mais uma geração de pesquisadores, entre eles os autores deste texto.

Mas e quanto a Dorothy Martin? Bem, ela morreu em 1992 – então pelo menos para ela o fim realmente chegou.

 

Referências

Aronson, E., & Mills, J. (1959). The effect of severity of initiation on liking for a group. Journal of Abnormal and Social Psychology, 59, 177–181.

Brandão, B., & Moska, P. (1995). O último dia. Em Pensar É Fazer Música [CD]. São Paulo: EMI-Odeon.

Brehm, J. W. (1956). Postdecision changes in the desirability of alternatives. Journal of Abnormal and Social Psychology, 52, 384–389.

Cialdini, R. B. (2012). As armas da persuasão: Como influenciar e não se deixar influenciar. Rio de Janeiro: Sextante.

Cooper, J., & Fazio, R. H. (1984). A new look at dissonance theory. In L. Berkowitz (Ed.), Advances in experimental social psychology(Vol. 17, pp. 229–264). Orlando, FL: Academic Press.

Croyle, R. T., & Cooper, J. (1983). Dissonance arousal: Physiological evidence. Journal of Personality and Social Psychology, 45(4), 782-791.

Darrell, A., & Pyszczynski, T. (2016). Terror Management Theory: Exploring the role of death in life. In L. A. Harvell & G. S. Nisbett (Eds.), Denying death: An interdisciplinary approach to Terror Management Theory(pp. 1-15). New York: Routledge.

Festinger, L., & Carlsmith, J. M. (1959). Cognitive consequences of forced compliance. Journal of Abnormal and Social Psychology, 58, 203–210.

Festinger, L., Riecken, H. W., & Schachter, S. (1956). When prophecy fails: A social and psychological study of a modern group that predicted the destruction of the world. Minneapolis: University of Minnesota Press.

Gardner, D. (2008). The science of fear: Why we fear the things we shouldn’t – and put ourselves in greater danger. New York: Dutton.

Harmon-Jones, E. (1999). Toward an understanding of the motivation underlying dissonance effects: Is the production of aversive consequences necessary to cause dissonance? In E. Harmon-Jones & J. Mills (Eds.), Cognitive dissonance: Progress on a pivotal theory in social psychology(pp. 71–99). Washington, DC: American Psychological Association.

Harmon-Jones, E., & Harmon-Jones, C. (2007). Cognitive dissonance theory after 50 years of development. Zeitschrift für Sozialpsychologie, 38(1), 7-16.

Lindstrom, M. (2011). Brandwashed: Tricks companies use to manipulate our minds and persuade us to buy. New York: Crown Publishing Group.

Pratkanis, A., & Aronson, E. (2002). Age of propaganda: The everyday use and abuse of persuasion. New York: Holt Paperbacks.

Pyszczynski, T. (2004). What are we so afraid of? A terror management theory perspective on the politics of fear. Social Research, 71, 827-848.

Solomon, S., Greenberg, J., & Pyszczynski, T. (2015). The worm at the core: The role of death in life. New York: Random House.

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